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Mostrando postagens de janeiro, 2015

SUZANA DE MORAES

     Há um Vinícius de Moraes pouco menos conhecido, aquele das crônicas. Tempos antigos, quando a crônica diária ou semanal imperava na maioria dos jornais e das revistas brasileiras, e quase todos os nosso escritores a praticavam. Hoje estão em livros, reeditados sem parar - ainda bem!      Em uma de suas crônicas Vinícius fala justamente de sua filha Suzana, que acabara de casar com um diplomata. O casal ia para a Europa e isso serviu de motivo para Vinicius pedir de volta  o quadro de Portinari onde o próprio Vinicius era retratado. Suzana, uma noiva de apenas 19 anos, recusou-se decididamente a ceder ao desejo paterno. Daí então a crônica(*), um pouco melosa mas muito bem escrita, que me "apresentou" naquela ocasião a minha contemporânea.      Depois desse episódio pouco ouvi falar a respeito dela. Imagino que, após aqueles efervescentes anos sessenta e setenta, tenha vivido uma vida mais recolhida, distante dos holofotes cinematográficos,  da ribalta e das TVs. A notí

PROMETO: É A ÚLTIMA VEZ!

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           Vejo que estou sendo repetitivo. Pareço obcecado com minha opinião a respeito  da natureza humana. Observo que se tornou um tema recorrente, onde discuto até a exaustão os aspectos  morais da questão .  E isso é chato, muito chato.      Então, para acabar de vez com essa reflexão sobre o que é mais do que evidente, vou terminar dizendo por derradeiro: o ser humano é definitivamente antinatural. Pelo menos os que denominamos "brancos" (coisa inexistente essa de raça , sabemos agora com certeza), tomaram um "ramal" evolutivo que necessita usar cada vez mais, de forma predatória e destrutiva, os recursos naturais até o esgotamento total dessa fonte. Mas não há, como eu imaginara, qualquer fundamento moral nessa maneira de agir. Acho que não é certo adjetivar essa conduta como egoísta, má, imoral, etc. Ela é, isso sim,  antinatural . Vai de encontro aos ritmos da natureza, desconsidera qualquer fenômeno inerente a eles,  não percebe nada mais que

DANDO O BRAÇO A TORCER

     Aos meus nove leitores, peço desculpas. Desde que iniciei esse blog venho repetindo que a cura para nossos males seria o abandono do capitalismo e a adesão a um regime que conciliasse a socialização dos meios de produção a um regime distributivo aliado à inexistência de uma forte instrumentalização estatal.  Achava - e ainda acho - que o comunismo, por uma série de fatores, necessita, para funcionar, do chamado "centralismo democrático", que nada mais é que um eufemismo que significa realmente "uma ditatura dos diabos". Desse autoritarismo neurótico nasce um "esqueleto" burocrático, monolítico e indestrutível, seja qual for o regime político/econômico. A antiga União Soviética deu lugar a Rússia, onde quem continua mandando é a casta burocrática, sob o amplo, amplíssimo guarda-chuva da ex-KGB.      Mas essa minha convicção nunca foi inabalável e por isso mesmo, veio sendo bombardeada pelos fatos que observo nessa caminhada do ser humano rumo ao pr

O LIXÃO DE DAVOS

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                                                                         LEIO na internet que uma foto obtida em lixão de Gana foi premiada com muitos dólares pela Unicef. Além claro, do reconhecimento mundial do seu autor, um fotógrafo alemão chamado Kai Loffelbein. As várias localidades (ou sítios) onde pesquisei o assunto chamam a atenção para o fato de ser um lixão de "dejetos tóxicos" provenientes da Europa. A Unicef usa a foto como propaganda e divulgação para seus programas de amparo à infância em condições extremas mundo afora. Não esclarece, no entanto, o que aconteceu com o menino, que aparece erguendo como um troféu mortal um tubo CRT, sigla inglesa para tubo de raios catódicos. Espero que ele tenha conseguido salvar-se do quase certo envenenamento e progredido para, pelo menos, conseguir "encher" o uniforme futebolístico que enverga, muitas vezes o seu tamanho.      ENQUANTO ISSO, Davos, uma estação alpina onde antigamente existiam sanatórios p

apostas altas Mundo afora

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      Lá vem o  chinês,   subindo a ladeira! Ah, muito bem: e daí? Daí que as considerações a serem  levadas em conta pelos países com os quais eles têm contas a ajustar (e que contas!!) serão as seguintes: "meu mercado possue tamanho satisfatório para interessar às corporações chinesas? Em outras palavras, o cálculo do custo/benefício para eles deixará minha nação permanecer no planeta ou seremos exterminados?                                                                                                                                     Estou sendo sarcástico? Acho que não. Penso que devemos considerar, em relação à China e seus habitantes, alguns aspectos fundamentais: trata-se da civilização mais antiga do mundo; quando nós ainda políamos pedras, alguns pensadores como Lao Tsé, Confúcio, Mêncio, Chuang-Tsu, Sung-Tzu e outros legavam ao mundo ensinamentos que até hoje perduram; no Século XIV, ou seja, pelo menos duzentos anos antes dos portugueses, já tinham feito a cir

VERANICO DE JANEIRO

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                   Dado que o poema não me sai, conformado, vou cultivar bonsai.   janeiro/2015