apostas altas Mundo afora


      Lá vem o  chinês,   subindo a ladeira! Ah, muito bem: e daí? Daí que as considerações a serem  levadas em conta pelos países com os quais eles têm contas a ajustar (e que contas!!) serão as seguintes: "meu mercado possue tamanho satisfatório para interessar às corporações chinesas? Em outras palavras, o cálculo do custo/benefício para eles deixará minha nação permanecer no planeta ou seremos exterminados?                                                                                                                                     Estou sendo sarcástico? Acho que não. Penso que devemos considerar, em relação à China e seus habitantes, alguns aspectos fundamentais: trata-se da civilização mais antiga do mundo; quando nós ainda políamos pedras, alguns pensadores como Lao Tsé, Confúcio, Mêncio, Chuang-Tsu, Sung-Tzu e outros legavam ao mundo ensinamentos que até hoje perduram; no Século XIV, ou seja, pelo menos duzentos anos antes dos portugueses, já tinham feito a circunavegação do Globo. Data dessa época  a opinião do chinês a nosso respeito (os ocidentais): somos povos bárbaros, que trouxeram ao mundo todo o tipo de torpezas e vilanias; e principalmente, somos violentíssimos, haja vista o que os lusitanos,  britânicos, franceses, alemães,  estadounidenses e por fim os japoneses perpetraram mais recentemente contra o país. O usual genocídio produzido pelas forças armadas era justificado com a mesma desculpa esfarrapada (ainda hoje muito usada contra as minorias negras, indígenas, o povo muçulmano, etc.) de que o BRANCO era portador da mensagem divina de levar a sua "civilização" a essa populações, coitadas, todas vivendo no obscurantismo pagão, idólatra e queijandos.
      Entretanto é sempre fundamental ouvirmos o outro lado a respeito dessa autoproclamada "missão": lembro de um  jovem diplomata chinês destacado, em fins do Século Dezenove, para o serviço em Paris e depois, Londres. Espantado com os costumes dos "brancos" e principalmente enojado com os cheiros que emanavam dos corpos, das comidas, das ruas, etc., escreveu várias cartas à família, descrevendo aqueles bárbaros e seus estranhíssimos costumes. A correspondência virou livro, com o título "Cartas do Ocidente". Meu exemplar, muitas vezes lido, encontra-se alhures, espero que momentaneamente (sou um otimista!). Mas como dizia Terenciano Mauro (ou será que foi outro daqueles romanos que passavam a vida produzindo máximas - e mínimas - para a posteridade?) habent sua fata libeli                                                                                                                                        Mas voltando ao chinês da atualidade e sua gana de progresso (?) devo dizer que assusta qualquer um o ímpeto como o povo e o país entraram na chamada modernidade. Cidades com 14 milhões de habitantes, há dez anos não eram mais que um vilarejo perdido no Oeste; o conurbamento de Chongquin, com sessenta milhões(!) de habitantes; Xangai com 23 milhões; a capital, Beijing, com outros 12 milhões (lá deve ser considerada "vila") e outras tantas cidades surgindo como cogumelos no Oeste chinês. A China virou outra! Virou mesmo? Particularmente, apesar de ser brasileiro e não ter nada a ver com os povos que violentaram tanto tempo aquele país, fico ansioso para saber - caso ainda esteja aqui - se continuaremos nas boas com eles, considerados como somos hoje um país fornecedor de matéria-prima (ferrro e outros minerais) e produtos agrícolas e de origem animal. Falar em agrícola, lembrei-me de fruta e por associação, de uma certa empresa americana que já já vai perder o status de lider do mercado mundial de celulares, fablets, e outras geringonças eletrònicas. O Vale do Silício vai surtar!

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