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Mostrando postagens de 2015

FELIZ ANO NOVO

      VIVER É COM-PAIXÃO

O MESMO DE SEMPRE

     ENTRE cálculos e raciocínios matemáticos complexos a moeda brasileira, desde o velho "mil réis" até o dia de hoje, veio perdendo uma característica fundamental: a confiança do povo.      53 anos após a proclamação da república, o Presidente Getúlio Vargas, em novembro de 1942 criou o cruzeiro. Com o advento dos governos militares. Castelo Branco, Médici, Figueiredo reformaram o sistema financeiro com a desvalorização da moeda em um período extremamente curto. Isso abalou ainda mais a "fidúcia"      Os presidentes civis, a partir de Sarney até Itamar Franco agiram da mesma forma: uma desesperada (e infrutífera) tentativa de controle da inflação.      Hoje vivemos nova crise política as vésperas de completar um ano, e testemunhamos, outra vez, o derretimento do valor da moeda. A continuar assim, teremos fatalmente, após a eleição e posse do novo Presidente outra reprise dessa cruel novela.      De qualquer maneira, todos os envolvidos de alguma forma com o Si

CHOQUE E ABALO

     Fiquei tristíssimo com a tragédia do incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo. Estava naquela cidade na época da sua inauguração, em 2006 e fui visitá-lo logo nos primeiros dias de funcionamento. De lá para cá, voltei inúmeras vezes à capital paulista com o propósito de passar uma tarde inteira percorrendo com calma suas instalações. Adiei, adiei e...      Dizem que os arquivos digitalizados estão a salvo. Aleluia! Tomara que a reabertura seja rápida!!

C O N T R A A M A R É

     É quase unânime a repulsa em torno do nome da atual Presidenta. A imprensa é a principal arma opositora, conquistando mais e mais público quando mostra os  índices de pesquisas de opinião, massivamente contra aquela.       Eu vejo - e comecei a perceber na crise de 1954 - que é outra vez uma campanha muito bem urdida pelos meios de comunicação que diariamente nos martelam com manchetes tonitroantes, causando o aturdimento geral, obliterando o senso crítico de cada um.      A finalidade do processo é a de nos viciar: esperamos pelo escândalo diário, como a droga que nos manterá por mais outro dia...      Mas o que eu noto e é fácil observar - por aqueles que ainda detêm um mínimo de pensamento crítico - é que "nunca antes, neste país" algum dirigente tenha permitido que o Poder Judiciário alcançasse tamanho grau de independência para julgar os mal-feitos de  tantos poderosos: banqueiros, políticos, empreiteiros, operadores, financistas, e por aí vai.      Em verdade

C A R T A

Querido Papai Noel:        escrevo-lhe as mal-traçadas adiante para pedir um presentão de Natal. Como é para todos os brasileiros e brasileiras, uso o aumentativo. Meu nome atual é Vovô Corujão (porque gosto de dormir tarde e passar as manhãs roncando), mas quando era criança lá na Ilha, e a gente -lembra?- se encontrava todo fim de ano no Bazar do "Seu" Correia, na Freguesia (saudade!!), chamavam-me Paulinho.       Mas divago: o presente que eu peço para nós todos daqui do "Novelão" (antigamente chamado Brasil ) é inspirado no uso de lastro nos galeões antigos: os Capitães que vinham da Europa em demanda da China usavam o porto do Rio de Janeiro como escala para apanharem água, alguns produtos e assim fazerem o porão do navio ficar pesado para a perigosa travessia do Sul do Continente e do Oceano Pacífico. Na volta, além da água traziam produtos muito valorizados por essas plagas e na Europa, a louça de porcelana, até hoje chamada "china". No Rio outra

UM OUTRO NOME PARA O PAÍS

     Ivan lessa comumente apelidava o Brasil, em seus textos perfeitos, de "Bananão". Face aos últimos acontecimentos, acho que deveria ser "Novelão": vejam, tem a "novela do empichamento", a "novela do lava-jato", a "novela da lavagem de dinheiro", a "novela do rompimento"... O número é interminável, embora todas tenham um final comum: uma festança, um carnaval que os pobres (incluo aí a imensa facção dos pobres de espírito, destituídos de um mínimo senso crítico) assistem extasiados, sabendo que elas jamais acabarão.

ATIVIDADES PROFISSIONAIS

      O arquiteto sonha com a ponte; o engenheiro a constrói. O advogado cobra o pedágio; o médico paga.

A CURA DA DESINTERIA

     Fácil: consulte o dicionário e escreva a forma correta: disenteria.                    Agora, se tiver preguiça, escreva como nossos patrícios da ocidental praia lusitânia: vá de "caganeira" mesmo que funciona.

PENSO (?)

     ... em lançar minha próxima obra literária em uma concorrida noite de autógrafos no lixão do DF. Já se considerem obrigados a comparecer os colegas escrevinhadores sem divulgação, distribuição, agentes literários etc. levem muitos volumes de suas obras (levarei das minhas, claro), pois os convidados de honra, serão, pela ordem, os urubus do cerrado, os abutres da Praça dos Poderes (são muito mais de três, idiotas!) e os catadores de papel. Estes levarão a nossa caca literária para algures. Ou, quem sabe, nenhures. Ou ainda...

BRAZIL?

     Nas últimas semanas tenho pensado muitas vezes no ex-presidente Charles De Gaulle, do alto de sua postura "imperial" dizendo em bom som: "o Brasil não é um país sério." Tantas décadas depois, isso não só é cada vez mais evidente como lembra outro dito francês: "plus ça change, plus la même chose". E não é que é isso mesmo?

TRAMBIQUES, AS USUAL

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     LÁ SE FOI mais um leão, atraído com uma "isca" para fora dos limites de proteção de um parque nacional de conservação animal no Zimbabuwe. Foi morto aos poucos, com toda a crueldade possível e imaginável que só o "homem" é capaz. Bichinho esperto este, não? Imagino o tal Palmer, o dentista (ex?) brindando com seus pares na velha Minnesota, erguendo brindes aos antepassados franceses e ingleses e outros civilizados europeus genocidas que exterminaram (com truques e tramóias impressos no DNA dos descendentes) os povos ANISSHINAABE E DAKOTA, imemoriais habitantes da terra. E la nave va...      Resta as outras espécies animais um consolo: nós não ficaremos muito tempo mais por aqui! Tenham paciência e suportem com coragem todo o sofrimento sem sentido que afligimos a vocês todos, desde que descemos das árvores em direção à Savana, e nos tornamos bípedes pelados : somos uma espécie em extinção!! (nós, homens; os leões jamais!)

dicas do cuitelim

(*) Cuitlelim, diga: por que as coisas nunca são como deveriam ser? Ora, rapaz (brigado!!), porque elas sempre são como são! Comoção? NÃO! como.....são, capiche, caro bambino? Aliás depois vamos ouvir a Callas? Oh Mio Banbino Caro... lembra? fantástica!! claro que me alembro, sô! muito digna!! mas não mude o assunto, por que... sabe, você parece às vezes... sei não... um pouco tardo... mas vamo lá: as coisas devem mudar para permanecerem como estão, sacou?? na tradição oral da minha família cuitelídea, há muito e muito tempo um grande escritor italiano tinha um primo que emigrou de lá pra cá - daqui olhado vira imigrou - e depois de muitos anos escreveu ao primo de lá que este nosso torrão é um pedaço de mau caminho das arábias! As pessoas, o povo geme e os mandantes patrões, poltrões e toda essa raça de mal-paridos e fud... mal pagos, arrelia o pessoal de baixo mudando as regras - às vezes mais de uma vez por dia - e falam: no inverno vosmicês verão... mas no fundo estão mesmo é mudan

ESTÁ TUDO SOB CONTROLE OU...

O UNICÓRNIO E O GUARDA-CHUVA Omedomandanomundo As bombas explodem em mil megatons disentéricos, cabeças rolam, fascinadas com o sangue que jorra na areia e tentam enxergar o absurdo no próximo oásis onde a princesa penteia seus longos e sedosos cabelos untados com essências raras e óleos miríficos e os drones gargalham sinistramente dos galhos das palmeiras pulverizadas. O sangue jorra na areia Lá embaixo jaz o petróleo. Mais fundo o medo estagnado forma pântanos ácidos que corroem as  entranhas estraçalhadas dos góticos  e grita nas orelhas dos milhões de negros assassinados pelo rei belga que  orgulhoso preserva as mãos cortadas que angariam prêmios e causam inveja continental. Todos pedem ao menos uma a papai noel, mas este congela infernos futuros da Sibéria, rompe com diques que sobrehumanos esforços um dia ergueram para nada afinal vem o metano e cobre tudo nem um ai escapa da bruma assassina que só poupa os grifos inutilmente pousados como pedra na notre dame

SUZANA DE MORAES

     Há um Vinícius de Moraes pouco menos conhecido, aquele das crônicas. Tempos antigos, quando a crônica diária ou semanal imperava na maioria dos jornais e das revistas brasileiras, e quase todos os nosso escritores a praticavam. Hoje estão em livros, reeditados sem parar - ainda bem!      Em uma de suas crônicas Vinícius fala justamente de sua filha Suzana, que acabara de casar com um diplomata. O casal ia para a Europa e isso serviu de motivo para Vinicius pedir de volta  o quadro de Portinari onde o próprio Vinicius era retratado. Suzana, uma noiva de apenas 19 anos, recusou-se decididamente a ceder ao desejo paterno. Daí então a crônica(*), um pouco melosa mas muito bem escrita, que me "apresentou" naquela ocasião a minha contemporânea.      Depois desse episódio pouco ouvi falar a respeito dela. Imagino que, após aqueles efervescentes anos sessenta e setenta, tenha vivido uma vida mais recolhida, distante dos holofotes cinematográficos,  da ribalta e das TVs. A notí

PROMETO: É A ÚLTIMA VEZ!

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           Vejo que estou sendo repetitivo. Pareço obcecado com minha opinião a respeito  da natureza humana. Observo que se tornou um tema recorrente, onde discuto até a exaustão os aspectos  morais da questão .  E isso é chato, muito chato.      Então, para acabar de vez com essa reflexão sobre o que é mais do que evidente, vou terminar dizendo por derradeiro: o ser humano é definitivamente antinatural. Pelo menos os que denominamos "brancos" (coisa inexistente essa de raça , sabemos agora com certeza), tomaram um "ramal" evolutivo que necessita usar cada vez mais, de forma predatória e destrutiva, os recursos naturais até o esgotamento total dessa fonte. Mas não há, como eu imaginara, qualquer fundamento moral nessa maneira de agir. Acho que não é certo adjetivar essa conduta como egoísta, má, imoral, etc. Ela é, isso sim,  antinatural . Vai de encontro aos ritmos da natureza, desconsidera qualquer fenômeno inerente a eles,  não percebe nada mais que

DANDO O BRAÇO A TORCER

     Aos meus nove leitores, peço desculpas. Desde que iniciei esse blog venho repetindo que a cura para nossos males seria o abandono do capitalismo e a adesão a um regime que conciliasse a socialização dos meios de produção a um regime distributivo aliado à inexistência de uma forte instrumentalização estatal.  Achava - e ainda acho - que o comunismo, por uma série de fatores, necessita, para funcionar, do chamado "centralismo democrático", que nada mais é que um eufemismo que significa realmente "uma ditatura dos diabos". Desse autoritarismo neurótico nasce um "esqueleto" burocrático, monolítico e indestrutível, seja qual for o regime político/econômico. A antiga União Soviética deu lugar a Rússia, onde quem continua mandando é a casta burocrática, sob o amplo, amplíssimo guarda-chuva da ex-KGB.      Mas essa minha convicção nunca foi inabalável e por isso mesmo, veio sendo bombardeada pelos fatos que observo nessa caminhada do ser humano rumo ao pr

O LIXÃO DE DAVOS

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                                                                         LEIO na internet que uma foto obtida em lixão de Gana foi premiada com muitos dólares pela Unicef. Além claro, do reconhecimento mundial do seu autor, um fotógrafo alemão chamado Kai Loffelbein. As várias localidades (ou sítios) onde pesquisei o assunto chamam a atenção para o fato de ser um lixão de "dejetos tóxicos" provenientes da Europa. A Unicef usa a foto como propaganda e divulgação para seus programas de amparo à infância em condições extremas mundo afora. Não esclarece, no entanto, o que aconteceu com o menino, que aparece erguendo como um troféu mortal um tubo CRT, sigla inglesa para tubo de raios catódicos. Espero que ele tenha conseguido salvar-se do quase certo envenenamento e progredido para, pelo menos, conseguir "encher" o uniforme futebolístico que enverga, muitas vezes o seu tamanho.      ENQUANTO ISSO, Davos, uma estação alpina onde antigamente existiam sanatórios p

apostas altas Mundo afora

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      Lá vem o  chinês,   subindo a ladeira! Ah, muito bem: e daí? Daí que as considerações a serem  levadas em conta pelos países com os quais eles têm contas a ajustar (e que contas!!) serão as seguintes: "meu mercado possue tamanho satisfatório para interessar às corporações chinesas? Em outras palavras, o cálculo do custo/benefício para eles deixará minha nação permanecer no planeta ou seremos exterminados?                                                                                                                                     Estou sendo sarcástico? Acho que não. Penso que devemos considerar, em relação à China e seus habitantes, alguns aspectos fundamentais: trata-se da civilização mais antiga do mundo; quando nós ainda políamos pedras, alguns pensadores como Lao Tsé, Confúcio, Mêncio, Chuang-Tsu, Sung-Tzu e outros legavam ao mundo ensinamentos que até hoje perduram; no Século XIV, ou seja, pelo menos duzentos anos antes dos portugueses, já tinham feito a cir

VERANICO DE JANEIRO

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                   Dado que o poema não me sai, conformado, vou cultivar bonsai.   janeiro/2015