Aos meus nove leitores, peço desculpas. Desde que iniciei esse blog venho repetindo que a cura para nossos males seria o abandono do capitalismo e a adesão a um regime que conciliasse a socialização dos meios de produção a um regime distributivo aliado à inexistência de uma forte instrumentalização estatal. Achava - e ainda acho - que o comunismo, por uma série de fatores, necessita, para funcionar, do chamado "centralismo democrático", que nada mais é que um eufemismo que significa realmente "uma ditatura dos diabos". Desse autoritarismo neurótico nasce um "esqueleto" burocrático, monolítico e indestrutível, seja qual for o regime político/econômico. A antiga União Soviética deu lugar a Rússia, onde quem continua mandando é a casta burocrática, sob o amplo, amplíssimo guarda-chuva da ex-KGB. Mas essa minha convicção nunca foi inabalável e por isso mesmo, veio sendo bombardeada pelos fatos que observo nessa camin...
Querido Papai Noel: escrevo-lhe as mal-traçadas adiante para pedir um presentão de Natal. Como é para todos os brasileiros e brasileiras, uso o aumentativo. Meu nome atual é Vovô Corujão (porque gosto de dormir tarde e passar as manhãs roncando), mas quando era criança lá na Ilha, e a gente -lembra?- se encontrava todo fim de ano no Bazar do "Seu" Correia, na Freguesia (saudade!!), chamavam-me Paulinho. Mas divago: o presente que eu peço para nós todos daqui do "Novelão" (antigamente chamado Brasil ) é inspirado no uso de lastro nos galeões antigos: os Capitães que vinham da Europa em demanda da China usavam o porto do Rio de Janeiro como escala para apanharem água, alguns produtos e assim fazerem o porão do navio ficar pesado para a perigosa travessia do Sul do Continente e do Oceano Pacífico. Na volta, além da água traziam produtos muito valorizados por essas plagas e na Europa, a louça de porcelana, até hoje chamada "china". No Rio ou...
É quase unânime a repulsa em torno do nome da atual Presidenta. A imprensa é a principal arma opositora, conquistando mais e mais público quando mostra os índices de pesquisas de opinião, massivamente contra aquela. Eu vejo - e comecei a perceber na crise de 1954 - que é outra vez uma campanha muito bem urdida pelos meios de comunicação que diariamente nos martelam com manchetes tonitroantes, causando o aturdimento geral, obliterando o senso crítico de cada um. A finalidade do processo é a de nos viciar: esperamos pelo escândalo diário, como a droga que nos manterá por mais outro dia... Mas o que eu noto e é fácil observar - por aqueles que ainda detêm um mínimo de pensamento crítico - é que "nunca antes, neste país" algum dirigente tenha permitido que o Poder Judiciário alcançasse tamanho grau de independência para julgar os mal-feitos de tantos poderosos: banqueiros, políticos, empreiteir...
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