MÊS DAS NOIVAS...

     Maio já bate às portas. Revistas e cadernos especiais estão sendo elaborados, mil e uma sugestões de vestidos, etc. etc. Só que...
     ... estava olhando velhos arquivos de um antigo computador e achei um texo assaz curioso, que reproduzo com minha linguagem própria, prolixa e pobre:
     Na alta Idade Média a Europa padecia da maior parte dos confortos modernos. Água, por exemplo, era do poço que geralmente ficava no meio da  vila próxima. Levar um balde com água pra casa, daqueles de madeira, já pesadíssimos quando ainda vazios, era um  grande problema e demandava imenso esforço físico.
     Então os banhos eram restritos a um ou dois por ano, pois não havia o hábito de os humanos usarem os riachos e ribeirões das florestas. Esses banhos eram tomados em ocasiões especiais, um deles certamente quando o inverno ia embora e a primavera começava. O cheiro de roupas usadas durantes os meses anteriores, e dos próprios corpos era de tal ordem que mal o mês de abril chegava, os humanos se apressavam em providenciar tais banhos, em uma tina ou bacia especialmente feita para isso (pelos mais caprichosos). era um banho comunal, a família inteira, a começar pelo chefe, depois os filhos homens, a mãe, as filhas e por último o(s) bebê(s).
     Um ditado até hoje muito usado, principalmente nos países de língua inglesa ilustra à perfeição o que acontecia: ao fim, a água da tina estava tão turva, imunda mesmo, que era fácil perder-se uma criancinha naquele "lodo". Daí esses povos dizerem até hoje: ''não atire fora o bebê junto com a água da bacia"!
     Com relação ao título de nossa postagem, a história, igualmente curiosa, é a seguinte: no mês de maio havia uma comemoração vinda ainda dos tempos do paganismo, adaptada (eita clero esperto!) pela igreja católica: a primavera entrava com força, os campos cobriam-se de flores, a temperatura ficava bem agradável. Os homens e mulheres festejavam esse ciclo natural com alívio e alegria, muita alegria e muito álcool. Uma farra só!
     Para que não houvesse muitos filhos sem pai, a igreja resolveu então promover (até à força, se necessário) os casamentos entre os parceiros notórios. Como nós, humanos, nos amarramos em um cerimonial mais elaborado, criaram os vestidos de noiva (também adaptação das antigas vestes das mulheres nas festas pagãs) a teatral  cerimônia eclesiástica e incentivaram o banquete festivo, depois da cerimônia.
     O buquê? Ah, sim, pois é: lembram do banho de abril? Em maio os corpos já começavam de novo a exalarem um cheirim...  então alguma daquelas avós da gente, bem engenhosa e sabida, antes de entrar na igreja apanhou várias daquelas flores espontaneamente nascidas no campo e trouxe o ramo bem junto ao corpo. O perfume impediu que o noivo e os demais presentes sentissem aquele cecezinho que já tomava conta do gentil corpinho da donzela(?) . As meninas casadoiras presentes ao ato logo logo perceberam a genial invenção da amiga e a partir de então o hábito universalizou-se  e as floriculturas passaram a aceitar cartão de crédito, de débito, cheque visado, pagamento em espécie, etc. e ficaram bem ricas! Saravá!!
     PS - hoje em dia as noivas preferem (e como!) o tal "banho de loja"!!





Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PARA BOI DORMIR...