QUINTA-FEIRA , 17 de julho de 1975. A empregada bate na porta do quarto, demoro a entender sua fala, a voz alterada pela excitação. O quê? Neve? nevando? Onde? Saio do quarto e do janelão da sala vejo uns pingos brancos caindo suavemente no chão do jardim E não é que era neve! Logo um tapete branco cobria tudo lá fora; saímos todos, e parecia que o resto da população havia tido a mesma idéia: as ruas estavam cheias de carros, uns buzinando para os outros. Vista do alto da Rua XV, na Praça das Nações, a cidade reluzia: era uma festa. Todos estávamos encantados, a não ser um bebê de menos de dois anos (hoje uma jovem senhora residente em São Paulo-SP), que logo demonstrou em alto e bom som que estava com muuiiitooo frio e de mau-humor. No Centro a história não foi diferente. Carros desfilavam com bonecos de neve na capota, alguns com a camisa do Coxa, outros do Atlético: rivais até debaixo da neve! ...
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