PS - sabe aquele escritor que poucos gostavam mas que éramos obrigados a conhecer, uma vez que era leitura obrigatória para os exames vestibulares do Oiapoque ao Chuí? Falo de José de Alencar e sua obra: "Cinco Minutos", "Senhora", "A Pata da Gazela", "O Gaúcho", "O Tronco do Ipê", e a mais célebre, "Iracema" . Bem, além de romancista e político, Alencar escrevia na imprensa carioca, deixando um grande número de crônicas publicadas na época. Agora, graças ao trabalho da Editora Martins Fontes na coleção "Contistas e Cronistas do Brasil" essas crônicas podem ser apreciadas em uma edição cuidadosa, preparada por João Roberto Faria, que também assina a introdução do belo volume: "AO CORRER DA PENA". Como era o Rio em 1854 e 1855. Gostei e recomendo.
PARA BOI DORMIR...
A H I S T Ó R I A É um bolo de fel, confeccionado com os ingredientes da violência, dos roubos, dos genocídios e toda espécie de vilania que o homem comete contra seu semelhante. E contra qualquer outro ser vivente (a começar de Gaia, a Terra: ela vive, sabiam?). De maneira no mínimo cínica, ela nos é apresentada através de enganosas preleções e encorpados volumes, como se fora um nobre processo civilizatório. Também, pudera: jamais vi a História escrita pelos derrotados, pelos sem-terra, pelos despossuídos de todo o Planeta. Por isso trata-se apenas de um engodo, um doce encoberto pelo glacê da enganação, da tramóia e da crueldade. Quem tenta mudar é reprimido de todas as formas possíveis e imagináveis, até com a eliminação física do audacioso. Os nomes de Esquivel, Galeano, Werneck Sodré, Prado Jr. e mais recentemente os heróis que desvendaram a porca espionagem americana vêm-nos à mente, como alguns do pequeno número de sobreviventes. Os qu
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